terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Hey Beth!

CHEGUEI!

Tentando contrariar a teoria de que os blogs criam teias depois do primeiro mês de viagem, vim escrever na segunda semana, impressionada.
Pausa: as flatmates do andar de cima vieram convidar pra um Wine & Chocolate no sábado, que queridas!
Voltando uns doze dias atrás, eu ainda estava em Floripa, correndo pra terminar de arrumar as malas, saboreando o super almoço de despedida que a minha mãe fez (saudades comida bem temperada) e indo pro aeroporto. Como deve ter sido pra todo mundo que veio pra cá, foi muito difícil ir embora e se despedir da família. Os 365 dias que eu tinha pela frente longe deles parecia uma eternidade.

Quando finalmente entrei na sala de embarque, só com a minha mochila nas costas, descubro que o voo estava.. ATRASADO, é óbvio. Eu tinha só 2h55min de conexão em Garulhos e tinha que passar pela emigração e tudo, começou a bater um desespero de perder o voo, não poder passear por Londres e ainda ter que me virar pra ir pra Nottingham sozinha! Mas tive a sorte de sentar do lado de um cara super viajado no avião, que foi me explicando tudo sobre o aeroporto de Garulhos pra eu ir mais rápido até o portão de embarque. No fim ele acabou me levando até lá, super gente boa. Pra não perder o costume, o voo pra Londres também atrasou e a minha correria foi em vão. Depois de esperar sentada no chão, conversando e tomando um café gelado (último do ano, porque depois, tudo quente!) finalmente entrei no avião onde ficaria pelas próximas nove horas. Assisti um filme e consegui dormir bem pouco, mas não foi tão cansativo quanto achei que seria. Quando anunciaram que estavam preparando pra pousar meu coração quase pulou pela boca. Foi dando um nervosinho, só de leve.. Fui colocando os casacos pra preparar pros 7 graus lá de fora.
Junto com outra intercambista, fui pra imigração e fiquei na fila. Quando chegou a minha vez a primeira coisa que a mulher perguntou foi “How old are you?” e quando respondi ela ficou meio ok, duvido. Ai brinquei e disse que ela podia ver meu passaporte daí ela falou que devia ser falso (tipo, tenho 11 anos e fugi de casa né moça). Mas foi tudo brincadeira, só pra dar aquela emoção/pânico.

até aqui desconfiam da minha idade

Fomos pro transfer, um carro que alugamos pra nos levar até o hostel em que íamos ficar, porque valia muito mais a pena do que pegar um táxi. No caminho eu só pensava “meu deus, já tô aqui”. A primeira conversa em inglês não fluiu muito porque o motorista era indiano e parecia ter uma batata assada na boca, mas consegui me virar pra entender o que ele dizia. Chegamos no hostel, que por sinal eu recomendo, é o Safestay e fica no Elephant&Castle. Fiquei no quarto com duas brasileiras e um brasileiro. Logo o recepcionista já falou sobre uma festa e decidimos ir (sim, virados de esperas em aeroporto e uma viagem de avião bem longa).  Juntamos os intercambistas do Ciência sem Fronteiras lá nesse hostel, e pagamos 10 pounds pro cara levar a gente em três festas diferentes, achando que ele iria nos esperar em cada uma e que o ônibus era fretado pra levar e trazer a gente e tal. MAS, tivemos que pegar os ônibus normais (primeiro bus vermelhinho de dois andares, quase não gostei) e fomos pra primeira festa. Obs: os seguranças deixam entrar com a CNH do Brasil, mas não deixam com uma cópia autenticada do passaporte. Ah, e também não deixaram ficar com casaco na mão na pista de dança! Tipo, vaza. Aliás bem estranho ir pra festa toda encasacada.. Mas, aqui parece que as mulheres são geneticamente modificadas pra não sentir frio, porque não é de Deus aquilo. Cinco graus e as doidas de saia e regata. Sério.

Como não durou muito a primeira, decidimos não fazer essa “de festa em festa” e ficar em uma só, e ficamos em uma que tinham três pistas com tipos de música de diferente.
Mas o lindo do moço não esperou pra voltar pro hostel com a gente, então rolou um momento perdidos em Londres às quatro da manhã, mas deu tudo certo. Já valeu pra conhecer a cidade e adorar todos os lugares que eu via. Depois de poucas horas de sono merecido já estávamos fazendo check out e deixando as malas numa salinha do hostel pra turistar pela cidade. Apesar do famoso tempo nublado e chuvoso foi tudo lindo, saimos da estação de metrô e já demos de cara no Big Ben. Me senti dentro de um filme, mas vai ver é porque boa parte dos que já vi se passam lá..

coisa mais linda

Fizemos o Oyster Card pra andar mais facilmente nos metrôs e compramos ticket pra visita no Parlamento, e o guia foi contando a história de todos os reis e rainhas e tudo que já aconteceu ali. Com uma história tão rica como a do Reino Unido não é de se surpreender que eles fiquem com preguiça e não queiram estudar a do resto do mundo (o que é bem um pouco errado) e mal saberem qual a capital do Brasil.
Aliás, esses dias perguntaram se a gente falava espanhol.. momento decepção. E também, é obvio, perguntam sobre o Rio, se já fui pra lá e se a minha cidade fica perto . Eles com certeza acham que lá é a nossa capital. Mas não achando que a gente mora com macacos e anda pelado na rua já ta tudo ótimo.

tentando se proteger daquela chuva londrina


ainda tenho que ir ai!

Depois de andar pela cidade, tirar aquela foto clássica na cabine telefônica, ver a Westminster Abbey e ir em umas lojas (chocolate aqui é muito barato, socorro!) já tivemos que voltar pro hostel pra buscar as malas. De lá fomos pro Heathrow Airport de novo pra esperar os staffs da Nottingham Trent University nos buscar. Eles já estavam pontualmente lá, e por sinal não esperam nem cinco minutos porque deixaram um pessoal que se atrasou pra trás, mas pagaram o táxi pra eles irem até Notts. As duas moças que estavam lá levaram a gente pro ônibus e distribuíram uma gift bag da universidade, cheia de coisas dentro, desde guias, mapas, caderno, até comidinhas. Sai de Londres com vontade de voltar mil vezes lá e fui migrar pra minha futura/atual cidade: Nottingham. As experiências das primeiras semanas e as impressões sobre a região e a universidade (muito boas, diga-se de passagem) vão ficar pra próxima porque esse fuso horário ainda não ta fácil. 



Cheers!

Um comentário:

  1. Oi minha linda. Gostei muito de ler sobre as suas noticias. Fique bem, se cuida muito. Beijão da vovó que te ama muiiiito.

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